O aviso do doido não adiantou: a cidade logo seria inundada pelas águas da hidrelétrica e sua evacuação era inevitável. A construção de outra cidade, espelho da primeira – incompleto ainda que fiel –, obriga os cidadãos a se mudarem, inconsoláveis. Somente o velho decide ficar. A partir daí, José Rezende Jr. desenrola a narrativa de A cidade inexistente, história que surpreende pelas direções que toma, pela maneira singular de explorar lugares-comuns da existência humana. É com assombrosa habilidade que o autor costura as pontas do enredo num jogo de espelhos entre real e surreal, original e cópia, memória e invenção, individual e coletivo, construindo uma obra sólida e tocante.


Era preciso um caminho
O mais sutil é a queda
Marulhos, outros barulhos e alguns silêncios
Pulvis
Didática
A mesa branca
Diálogos possíveis
A memória é uma boneca russa
Cinema, literatura e filosofia
No domínio de Suã
Numa nada dada situação
Dois campos em (des)enlaces
Pré-história 

