Em A Restante vida, segundo volume da trilogia Geografia de Rebeldes, o leitor se depara novamente com a escrita enigmática da autora portuguesa Maria Gabriela Llansol – uma escrita que o desafia a romper com os cânones e seguir o seu fluxo em inteira liberdade. Segundo José Augusto Mourão, responsável pelo posfácio, este livro é “um tratado sobre a escrita e a leitura e a servidão: sobre a pobreza e a sobrevivência; sobre o humano e o pré-humano.” O leitor deve aqui “esquecer os lugares comuns da cultura“, “abandonar a ideia de narrativa“ , deve “aprender a ver onde nos leva a escrita“.
As mesmas figuras de O livro das comunidades ressurgem agora: São João da Cruz, Nietzsche, Hadewijch, Müntzer, Ana de Peñalosa e Eckhart, e se renovam no próximo volume, Na casa de Julho e Agosto, fechando o ciclo da trilogia. Se é difícil levantar o véu dos textos de LLansol, eles nos convidam a entrar no mar da sua escrita sem medo de se perder, aprendendo que as palavras, os significados e o próprio vazio em que se inscrevem estão em perene mutação.


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