[Livro em pré-venda – envio a partir de 6 de novembro]
Há livros que nascem da maturidade, outros do assombro, e há os que, como este, vêm da soma dos dois. Em A vida em quase poesia, Carlos Trigueiro se arrisca a ultrapassar fronteiras: entre o verso e a prosa, o humor e a reflexão, o lirismo e o comentário social. Ao propor o termo “quase poética”, o autor brinca com a tradição e, ao mesmo tempo, a reinventa — porque sabe que o sentimento humano não cabe nos rótulos fixos da “poesia lírica”, “épica” ou “dramática”.
O que emerge dessas páginas é uma travessia entre tempos e tons: memórias de infância e juventude, amores e desencantos, lampejos filosóficos e crônicas de um Brasil em mutação. Há o sabor do interior nordestino e o gosto da modernidade digital, a ironia diante do mundo e a ternura que resiste a ele. Versos sobre o “pecado prateado”, sobre “a cor do tempo”, sobre “a rua que vai a todos os lugares menos pra onde quero” — todos revelam um poeta consciente de que a vida, por mais prosaica, é matéria para a poesia.
Trigueiro, autor de romances, contos, ensaios e crônicas, chega aqui ao território mais livre e arriscado de sua trajetória. Seu livro reúne textos inéditos e revisita outros já publicados, compondo um mosaico que se move entre a lembrança e o espanto, entre o verbo e o silêncio.
O resultado é uma coletânea que oscila entre o humor afiado e a meditação existencial, entre a leveza das rimas e a gravidade das horas.
Porque, afinal, como o próprio autor provoca: “com ou sem IA, a vida é busca” – e essa busca, em A vida em quase poesia, encontra sua forma mais sincera e desarmada.



