Os poemas de Aleijão exibem as cicatrizes do viver em um mundo fundamentalmente violento, em versos imunes a qualquer esperança de fuga desse desgaste com o real. Neste livro, não há refúgios nas ruas, nem na própria casa, na família, na infância, nos amigos ― todos guardam sustos e assaltos, revelando-se como território inimigo. Ensaísta e crítico literário, Sterzi cria uma poesia que pretende comover, isto é, fazer com que o leitor se mova consigo para dentro e para fora do abismo. Uma poesia que sabe que é necessário se precaver, mas também alimentar o perigo, porque, como dizia Hölderlin, nele também cresce a salvação.
Aleijão foi o segundo colocado na categoria Poesia do Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional de 2010.


Corpo, substância gozante?
A queda
Do poema nasce o poeta
Vento, vigília
Esse ar pelo qual vocês lutaram tanto
O médico e o barqueiro e outros contos
Tartamudo
"Pervivências" do arcaico
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Antologia poética
Espaço, corpo e tempo
Machado de Assis
O vento gira em torno de si
O morse desse corpo 

