Neste seu novo livro, Annita Costa Malufe escreve para “alguém que dorme na plateia vazia” – e assim pode contar tudo: cenas de uma infância inventada, paisagens de aldeias distantes, a memória como rio, casa ou desvio do mar. Sua poesia quase narrativa nos envolve e cativa, quase hipnótica, explorando o oco do tempo e do espaço e ampliando os sentidos para novas descobertas. Nas palavras de Alberto Pucheu, “[…] a cada livro, a poeta radicaliza seu percurso, dando, com rigor insistente, mais uma volta, apertada, no parafuso de sua escrita. Nela, perde-se a origem, a língua, as palavras, o solo, a casa, o próprio, as histórias…; só não se perde a escrita, uma escrita-miragem, uma escrita-desvio, uma escrita performática obsessivamente reinventada – para acordar quem quer que ainda durma – por essa que é uma das poetas extremamente relevantes de nosso tempo”.
Resenhas
Annita Costa Malufe: na sala vazia o mundo vazio não entra, por Manoel Ricardo de Lima


Grito em praça vazia
O morse desse corpo
Pedaço de mim
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
O mar que restou nos olhos
Estrada do Excelsior
Pulvis
Antologia poética
Da capo al fine
Nenhum nome onde morar
Poemas para morder a parede
O menor amor do mundo
O tempo amansa / a gente
Corvos contra a noite
O fim do Brasil
Cadernos de alguma poesia
A casa invisível 

