Antígona kuēgü

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No coração do Território Indígena do Xingu, onde a floresta pulsa e os rios guardam a memória ancestral, a tragédia de Antígona renasce. Em meio ao barulho ensurdecedor das colheitadeiras, ao poder esmagador do agronegócio e ao silêncio imposto pelas leis dos homens, duas irmãs enfrentam um dilema eterno: obedecer ao decreto da terra tomada ou honrar o direito sagrado dos mortos.

Nesta peça arrebatadora, os ecos da Grécia Antiga encontram a realidade brasileira do século xxi. Antígona, filha da resistência, e Ismene, marcada pelo medo, colocam em cena a luta entre vida e morte, tradição e lucro, memória e esquecimento. O palco é Canarana, Gaúcha do Norte, Querência e outros seis municípios do Mato Grosso, mas poderia ser qualquer fronteira onde o avanço da soja, das máquinas e da política sufoca o canto dos povos originários do Xingu.

Aqui, a lei do agro se impõe como decreto. A Comissão de Agricultura, os prefeitos, os corretores de commodities e até os colonos dos Centros de Tradições Gaúchas são personagens tão trágicos quanto Tirésias e Hêmon. O coro não é apenas voz coletiva, mas o grito da terra, da floresta e dos corpos que não descansam porque não foram feitos seus rituais conforme nossos ancestrais nos ensinaram.

Com escrita densa e poética, Daniel Massa entrega uma obra que é mais que uma peça: é denúncia, é poesia, é chamado para cavar, é voz que ecoa pedindo socorro na soja, no concreto e na memória — o lugar da justiça e da dignidade.
Uma Antígona do Xingu, um lugar sagrado que os colonizadores não entendem e nunca vão entender.
Um mito reencarnado na fronteira do Brasil contemporâneo.

Mutuá Mehinaku

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