A poesia indomável de Tarcísio Lara Puiati se apresenta em fragmentos do dia a dia: placas de caminhão, conversas entreouvidas, lembranças, relances, fotografias. O jogo de palavras irreverente e o registro oral de Bagaceira tornam esta uma obra única, na qual palavras adquirem significado próprio a cada leitor, gerando um “fluxo irresistível”, nas palavras dos dramaturgo Alcides Nogueira.


Cárcere privado
O morse desse corpo
Vento, vigília
Pedaço de mim
O mar que restou nos olhos
Da capo al fine
O mais sutil é a queda
O fim do Brasil
Estrada do Excelsior
Estou viva
Pulvis
Corvos contra a noite
De todas as únicas maneiras
Grito em praça vazia
Era preciso um caminho
O tempo amansa / a gente 

