Uma gata lânguida de nome Emily e suas homônimas escritoras – a romancista inglesa Brontë e a poeta americana Dickinson; uma turista peruana anônima em Barcelona. Otávio, que viaja pelos meandros de uma Índia remota enquanto bebe no Baixo Gávea. E Clara – a filha que Otávio e Aparecida não tiveram – cuja existência ganha vida ao longo das páginas.
Esta é a galeria de personagens de Belo como um abismo, livro em que Elias Fajardo abole as fronteiras de tempo e espaço, esmiuçando cada uma destas vidas, observando atentamente seus passos (e sonhos). O resultado é um romance de intensidade ímpar, em que o autor desenha com habilidade um rico painel humano, pontuando com a magia da arte as agruras da vida.
Construindo uma ponte firme sobre o abismo que separa o real do ficcional, Elias Fajardo não nos livra da vertigem: as interpenetrações de corpos e almas, e das histórias verdadeiras ou imaginadas que cada um deles carrega, fazem desta uma narrativa de tirar o fôlego – em que o fantástico assume as rédeas com uma naturalidade verossímil que quase engana o leitor. Guiados página a página numa queda livre vertiginosa – como só a boa literatura é capaz –, ao final da leitura chegamos paradoxalmente ao topo do abismo: ali onde se descortina uma nova paisagem, interna, onde tudo traz um novo sentido.


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