As imagens ganham movimento na poesia de Laura Liuzzi, seduzindo os olhos e ouvidos com uma cadência fina, misto de delicadeza e precisão. Em Calcanhar, a jovem poeta encanta com uma poesia límpida, apurada e madura, surpreendente para um livro
de estreia. Tal como a fotografia, a poesia de Laura Liuzzi é o ato flagrante que revela o instante irreversível. Seus poemas capturam o breve segundo em que o olhar se detém e se descobre nas coisas do mundo. No blush das bochechas, nas pedras portuguesas do chão; na garça que esconde o voo em imobilidade, no gato aninhado na lã. A poesia que toca na nuca, arrepiada num calafrio.


A máquina de escrita (de) Chico Buarque
Pulvis
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A cidade como um texto
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Hermenêutica da existência em Cervantes e Dostoiévski
Estou viva 

