Em Cão infância, Samarone Marinho reafirma o talento e a habilidade de escritor já demonstrados nos anteriores Incêndios e Atrás da vidraça. Aqui, ele constrói um livro de alta densidade poética e filosófica utilizando cães e formigas como personagens – metáforas de uma humanidade que ainda ensaia os seus primeiros passos, como na infância. Do cão caserna à cabeça de formiga, o autor foge do óbvio para nos apresentar uma obra de rara beleza, intensa original. Aos poucos, o leitor atento vai achando, nas trilhas deixados por cães, formigas, nós mesmos – encontrando assim a estrada por onde já passaram a alguns nossos maiores poetas, sempre aberta a novas descobertas.


O morse desse corpo
A trincheira dos trabalhadores
O mais sutil é a queda
O fim do Brasil
1922
Poesia reunida
Cadernos de alguma poesia
Além do habitus
Como era fabuloso o meu francês!
Era preciso um caminho
Saúde mental e memória
Pedaço de mim
Judaísmo e cultura
Balaio
Pulvis
Dos artefatos e das margens
Ninguém bebe minério
Uma escola de luta
Leitura e formação do leitor
Literatura de mulherzinha
Poemas para morder a parede
Quase música
A cidade inexistente
Combatentes da paz
Desporto em vez de política no São Tomé e Príncipe
Sinais Trocados
Corpo em combate, cenas de uma vida
O amor e suas letras
O produtor como autor
Grito em praça vazia 

