Com histórias que nos arrebatam em três linhas – ou que nos capturam em uma frase, Confidências de um amante quase idiota vem confirmar o talento ficcional de Rinaldo de Fernandes. Alternando ritmos entre o espaço breve dos microcontos e outros textos de maior fôlego, a imaginação fértil e a escrita exímia do autor exploram os limites do gênero para tecer com habilidade narrativas instigantes, absorventes e profundas. Rinaldo sabe dizer muito em poucas palavras; seus textos têm uma densidade que nos arrebata e nos conduz a lugares inesperados – aqueles da alma.
Estas “confidências” – que quase poderiam se chamar “contos de amor e dor” – trazem as mais diversas venturas e desventuras amorosas, mesclando temas leves e pesados, do romance ao incesto, enredando o leitor naquelas paisagens humanas que muitas vezes não se mostram, e que a gente nem imagina: é preciso um escritor como este, de raro quilate, para desvendá-las. Praticando diferentes modalidades narrativas, montando cenas e personagens tocantes, Rinaldo de Fernandes desafia o leitor a encarar essa complexidade demasiadamente humana no universo ficcional riquíssimo da sua literatura.


Era preciso um caminho
A gaia ciência de James Joyce
Se oriente
Fausto tropical
O morse desse corpo
Cinzas do século XX
Inclusive, aliás
Estrada do Excelsior
Realismo, realismos
Vento, vigília
Regra e exceção
Fraquezas humanas 
