As palavras de Alexandre Rodrigues da Costa são afiadas, rasgam, ferem a carne da alma – como num espelho quebrado em que o mundo se reflete nos estilhaços, ou como se algum desastre iminente estivesse prestes a expor tudo que há no interior do corpo, da vida, da ideia.
Com a língua na ferida, com o ritmo preciso e agudo de quem sabe captar o instante exato do corte, do olhar para dentro, o poeta nos revela o que vive além do verso: aquela pequena fresta ou abertura que nos permite vislumbrar a transcendência do corpo.


Cadernos de alguma poesia
Nas frestas das fendas
O mar que restou nos olhos
Estrada do Excelsior
Estou viva
Cinzas do século XX
Esporte e lazer na África
Grito em praça vazia
Da capo al fine
O menor amor do mundo
Antologia poética
Nenhum nome onde morar
Pulvis
O tempo amansa / a gente 

