Se o caminho mais fácil, ou mais curto, é uma linha reta, não é exatamente disso que se trata aqui. Pois a
poesia é justamente aquilo que multiplica os caminhos, é a curva que nos leva ao mistério, ao inesperado.
Uma mesma coisa pode ser olhada de maneiras diferentes, escreve Fernanda Oliveira. E é seu olhar sobre
a vida, sobre o amor, sobre si mesma, sobre os relacionamentos, multiplicado de tantas maneiras pela
construção poética, pelo verso, pela palavra, que ela compartilha com o leitor – às vezes com uma doçura
singela, às vezes com a força de um grito, outras vezes com uma verve quase filosófica, mas sempre
desbravando novos sentidos e sentimentos, descobrindo novas cores em cada emoção, cada sonho, cada
vivência. Com ele, eu posso ser eu / Com ele, eu posso ser mais que eu. É esse o presente que a poeta nos
oferece: o de ir além, o de se descobrir também no outro, e com ele poder seguir ainda mais além. Pelas
curvas do caminho, por onde elas nos levem, pelos novos e velhos lugares, sentimentos e mistérios. A
curva da poeta é assim: ela nos leva cada dia mais longe, nem sempre pelos caminhos mais fáceis, mas por
aqueles mais belos que podemos descobrir
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