Os contos de Depois de tudo são uma espécie de arquipélagos da memória: um cinturão entre o passado e o presente, transformado em verbo. Jairo Carmo, um raro exemplo do escritor-artesão, constrói uma geografia literária particular, em que histórias se cruzam, se encontraram e se tocam – tocando também o leitor, que mergulha em uma experiência não apenas singular, mas emocionante. Segundo o escritor Jonatan Silva, “são conflitos que se desenrolam por meio do que parece mais banal, mas que guardam consequências que cabem como uma luva no Brasil da pós-verdade e das milícias. Nessa terra arrasada, em que só a arte salva e acalenta, não resta dúvidas de que Depois de tudo é um livro esculpido, em que cada palavra não só faz todo sentido, como é sumariamente necessária e indispensável”.


Pedaço de mim
Quando formos doces
Era preciso um caminho
A casa invisível
Vestígios
O assassinato da rosa
Cadernos de alguma poesia
Os rumores imprecisos das conversas alheias
As copas do mundo no Brasil
O vento gira em torno de si
O Cid (1636-1637)
Histórias do bom Deus 

