Diorama é um artifício pictórico que procura criar a ilusão de realismo. O título, claro, é irônico: longe de uma tentativa de representação realista, o Diorama de Álvaro Miranda reconhece a dimensão ilusória intrínseca ao viver e ao fazer poético. Pequenos poemas se apresentam como fragmentos de um longo poema, compondo uma unidade caleidoscópica, rica em imagens, sensações, buscas.


Cara de cavalo
Nenhum nome onde morar
Praia a pino
Arrastão de textos
Cinzas do século XX
Cadernos de alguma poesia
Quando estava indo embora
Era preciso um caminho
Balaio
Nas frestas das fendas
O vento gira em torno de si
Vento, vigília 

