Diego Callazans apresenta, neste pequeno livros de poemas, um relógio disparado por imagens abstratas apontadas para uma cadência precisa. Em vez de punho, Diego escolheu usar a língua como suporte para suas manchas gráficas, que penduram-se insones nas páginas. O autor resgata de seu próprio submundo uma poesia influenciada por grandes nomes como Mallarmé e os irmãos Campos.
Diego não teme ir ao encontro de temas canônicos e nem mesmo desafiar a língua mundana, abrindo mão da compreensão imediata do leitor. É uma poesia de quem leu grandes autores e não se contenta com o coloquialismo ou o arrebatamento fugaz. Ensejo é sobretudo um convite para uma fruição lenta, de ponteiros que atravessam a madrugada acordados pela leitura. Foge do prosaísmo, sustenta enigmas e aceita o tácito. Podemos ler este livro sabendo que a formação de um bom poeta (para além de suas subjetividades) também pode ser influenciada por sua leitura. Diego parece compreender que não resta muito mais ao sábio do que inebriar-se no poço do próprio umbigo.


O futuro da infância e outros escritos
1922
O morse desse corpo
Crítica de poesia
Cadernos de alguma poesia
"Cabra marcado para morrer" visto por
"Santo forte" visto por
A queda
Cinema, literatura e filosofia
Eu, Jeremias
Diálogos possíveis
Grito em praça vazia
Nenhum nome onde morar
Pulvis
Regra e exceção
Estrada do Excelsior
Poemas para morder a parede
Corvos contra a noite
Pré-história
Nas frestas das fendas
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
A invenção do amor
As amarras
Nietzsche e as ciências
O assassinato da rosa
Formação de professores e experiência docente
"Theodorico, o imperador do sertão" visto por
O mar que restou nos olhos
Antologia poética 

