Este livro foi tecido, a partir da construção de um território filosófico-musical que possibilita a organização de toda uma inventividade filosófica: um diálogo que toma forma de uma conexão criadora entre domínios. Um atravessamento de meio: Chico intercessor da filosofia deleuze-guattariana. Ecoando como viver o ritornelo a partir de canções deslumbrantes, reinventando a escuta de forças não sonoras no tempo do afeto. A fluidez musical do ato de pensar. Um estilo musicado de escrita: um tópico terminando em outro, um ponto começando pelo anterior, a conclusão sendo uma retomada do começo, um refrão. Toda uma dinâmica poetizada do retorno, do intermezzo, do vento uivando em mar aberto…
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Ao aliar a filosofia de Deleuze e Guattari à música de Chico Buarque, Luz leva essas disciplinas a percorrerem intensidades antes inauditas. Postas como iguais, elas ressoam, contaminam respectivamente seus elementos, num estilo que as torna indiscerníveis e as reveste de uma nova consistência. Se a filosofia fosse música, ela seria um ritornelo, se a música fosse filosofia, como em A ostra e o vento, ela se deixaria carregar pelo vento e guardaria o mar em seu estojo.
Mariana de Toledo


Cara de cavalo
Nenhum nome onde morar
Praia a pino
Arrastão de textos
Cinzas do século XX
Cadernos de alguma poesia
Quando estava indo embora
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Balaio
A paixão mortal de Paulo
Hakim, o geômetra e suas aventuras
Sobre Spinoza
Caminhos para conhecer Dona Flor no cinquentenário da narrativa de Jorge Amado
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Para pensar
O médico e o barqueiro e outros contos
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A gymnastica no tempo do Império
Tramas epistêmicas e ambientais
Crítica de poesia
Antologia poética
História de vocês
O papagaio & outras músicas
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Jogo de linguagem e a ética ferencziana
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Tudo intacto até o próximo segundo
Eu, Jeremias
Sobre o programa da filosofia por vir 

