Em Espelho, Adir ben Kauss mergulha no universo dos contos curtos com a maestria já conhecida de seus leitores. Suas narrativas breves exploram a complexidade da existência humana com ironia, sensibilidade e profundidade.
Cada conto é uma fresta aberta para um mundo onde a imaginação e a realidade se entrelaçam, convidando o leitor a reflexões profundas sobre a vida, o amor, o medo, a solidão e as contradições que habitam o coração humano. Em “Palavras”, o autor reflete sobre o peso das palavras ditas e não ditas, e como elas moldam relações e destinos. “Corações” revela o sombrio em um colecionador de sentimentos extremos, enquanto “Solidão” toca no silêncio das relações humanas e na dificuldade de estabelecer conexões verdadeiras. Já “Velhice” traz uma tocante meditação sobre a passagem do tempo e a busca por significado mesmo quando a visão se apaga, mas a sabedoria permanece viva.
O estilo de Adir ben Kauss é marcado pela capacidade de, em poucas linhas, criar atmosferas intensas e personagens complexos. Seus contos, ainda que breves, ecoam longamente na mente do leitor. Há em sua escrita uma precisão quase cirúrgica, que retira o supérfluo e revela o essencial.
Espelho é um convite a olhar para dentro, a se deparar com o outro e consigo mesmo. Um livro para ser lido com atenção, para ser relido, para ser sentido. Uma obra que reafirma Adir ben Kauss como um especialista da narrativa curta e um profundo e arguto observador da alma humana.


Nenhum nome onde morar
Antologia poética
O menor amor do mundo
Da capo al fine
A cidade inexistente
O vento gira em torno de si
A casa invisível
Eu, Jeremias
Estrada do Excelsior
Como não agradar as mulheres
Estou viva
Cadernos de alguma poesia
O mar que restou nos olhos
No horizonte do provisório
Nas frestas das fendas
Parados e peripatéticos 

