Que estranho país é este (indaga o poeta às janelas possíveis), trôpego, sem chão nem céu, onde o normal se torna absurdo ou vice-versa? Estranho país em que a alegria nunca acaba, que teus olhos (como pássaros) já não procuram mais. Os papéis se misturam, para além dos versos ou personagens que os vestem, e os traços do mundo invadem o artista – como dragões, nomes ou lagartos tatuados em mil cores, em mil corpos, “como se a palavra não servisse mais / para aquém e além da pele do mundo”.