Os poemas de Há fogo e água nas palavras nascem da intuição e da sensibilidade do artista multifacetado Felipe Cyntrão – músico e poeta. “Um poeta em combustão”, como define Luís Turiba no prefácio, que escreve sobre a água e sobre o fogo, numa mistura que implode no vapor da poesia.
Nas entrelinhas de cada verso, o leitor sente o som, as cores, as temperaturas voláteis que marcam a obra do poeta brasiliense.
Para tecer estes versos, parece que o autor extrai do peito em ebulição as palavras e, com fino trabalho de artesão, compõe poemas melódicos, que vibram a cada nova leitura.


Parados e peripatéticos
Corvos contra a noite
Estado novo e esporte
Corpo em combate, cenas de uma vida
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
A psicanálise
Da capo al fine
O desejo de esquecer
A cidade inexistente
Dois campos em (des)enlaces
A trincheira dos trabalhadores
Dos artefatos e das margens
Caminhos para conhecer Dona Flor no cinquentenário da narrativa de Jorge Amado
Carona é uma coisa muito íntima
A farsa paterna
Numa nada dada situação 

