É preciso deixar claro que, se o lugar poético do Metrô é bem carioca, não deixa de ser legível para qualquer leitor, mesmo que não conheça a sua exata geografia urbana, pois entende-se que se trata de lugares, edifícios, ruas etc., da grande cidade. A sequência de passagens poéticas leva a diferentes estações do subway carioca e adjacências, mas é bom lembrar que, além de paragem de modo de transporte, a palavra “estação” tem 18 significados no dicionário Aurélio (até no caminho de Jesus). Vale a pena contemplar todos eles vis-à-vis este poema expansivo.
A viagem de ida e volta do Metrô é uma peregrinação circular, um verdadeiro périplo (que começa e finda na Estação Largo do Machado), em um zigue-zague imprevisível, com cruzamentos diversos, altibaixos, achados e perdidos em um mapa-mar urbano multifacetado. Parte importante disso tudo é o banquete de alusão literária: desde a autonomeação (cinco obras do autor são citadas) e a referência renovada à musa-mulher do poeta, Moema (=MeupOEMA), até a invocação dos grandes poetas brasileiros do panteão modernista (e de alguns outros) e a dialogação com personagens atuantes da poesia universal.
Charles A. Perrone


A casa invisível
O assassinato da rosa
Grito em praça vazia
Territórios socioambientais em construção na Amazônia brasileira
Uma escola de luta
O vento gira em torno de si
A construção social do "ex-bandido"
Desenvolvimento, trabalho e cidadania
Dinossauro emancipado
Etnobiografia
Vigário Geral
Raízes partidas
O mais sutil é a queda
Shazam!
O chamado da vida
Eu, Jeremias
Vera Ballroom
Pedaço de mim
Contos contidos
Um vermelho não é um vermelho
Cadernos de alguma poesia
De todas as únicas maneiras
Nenhum nome onde morar
Nas frestas das fendas 

