Nascida em Viena no dia 17 de abril de 1944, um ano e dois meses antes do final da segunda guerra mundial, Irina Tuermorezov de Paula veio para o Brasil antes de completar 5 anos de idade.
Neste livro de crônicas autobiográficas ela retrata a história de sua família, a fuga da Áustria e a chegada na Ilha das Flores, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 1949, como refugiados.
Até meus 27 anos foi apátrida, quando então se naturalizou brasileira. Não recebeu a nacionalidade austríaca, pois na data do seu nascimento o pai teria de ser austríaco, e era russo. Sua mãe tinha nascido na Romênia, na Transilvânia, numa região pertencente à Alemanha, e ao requerer a nacionalidade brasileira teve de renunciar à sua nacionalidade alemã, pois o Brasil não aceitava dupla nacionalidade.
Depois de morar nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Tailândia, Irina voltou de vez ao Brasil, e apresenta estes relatos intimistas de uma vida bem vivida, valendo-se dos fatos e da lembrança mas também com muita liberdade de estilo para desenvolver algumas situações inusitadas e imaginárias, criando uma imediata empatia com o leitor.


Para que suas lágrimas parem de jorrar
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Fluorescentes
Vida: efeito-V
Poemas para morder a parede
Confabulações
Linhas de força do contemporâneo no Brasil e no México
A queda
Da dificuldade de nomear a produção do presente
Imagem, violência e memória
Olha, os agapantos estão voltando!
Tradução, arquivos, políticas
Grito em praça vazia
O assassinato da rosa
Uma suíte carioca: Alfonso Reyes e o Brasil
Antologia poética
Nenhum nome onde morar
Contra a corrente 

