Poesia não é tarefa fácil. É para poucos. A combinação de ritmos e sons, métrica e rima, requer uma boa dose de sentimento e sensibilidade no trato com a escrita, no corte e na costura dos versos, no artesanato do poema. Fernanda Gonçalves estreia muito jovem com este belo Não responda hoje.
Seus versos trazem o frescor de um universo feito de coca-cola e bichos de pelúcia, de um lado, e de outro um diálogo com o mundo adulto, feito mais de perguntas que de respostas.
Com rara e sensível habilidade para falar de amor com leveza, para combinar a sonoridade das rimas e dos ritmos internos em seus versos, para revelar novos e surpreendentes sentidos em palavras simples, a Fernanda poeta que se revela aqui é daquelas em quem a gente precisa ficar de olho, torcendo para que não perca nunca o gosto pela leitura e pela arte da escrita – e que possa seguir sempre de maneira criativa e inventiva nos próximos livros, trazendo novas descobertas para os futuros fiéis leitores que saibam se encantar com sua arte.


Eu, Jeremias
Da capo al fine
Quando formos doces
O tempo amansa / a gente
Nas frestas das fendas
Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
Poemas para morder a parede
"Santo forte" visto por
Outro (& outras)
O produtor como autor
O animal do tempo / A inquietude
A memória é uma boneca russa
Pirandello presente
Sophia: singular plural
A tradição viva em cena
"Babilônia 2000" visto por
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel 

