Com o cuidado e a perícia de um artesão, Paulo Fichtner constrói – verso a verso – esta peça em três atos, impecável na métrica e na rima. Morta a rosa, assassinada, é a alma do poeta – demasiadamente humano – que dá vida ao texto em sua narrativa póstuma, junto com a margarida que nasce do túmulo e o besouro que caminha com seus botões de ouro sobre o frio mármore do cemitério. Entre a natureza da flor, do besouro, e a natureza do homem, tudo se transforma, tudo é abismo e mistério: entre o céu e a terra, talvez seja apenas no sonho ou no delírio do poeta, carregado de simbolismo e transmutado em arte, que possamos verdadeiramente chegar mais perto do que nos caiba compreender do mundo, em nossa vã filosofia.


Incendiar a tempestuosa noite
Burguesia e trabalho
História do esporte
O chamado da vida
Vento, vigília
Alguma hora
Histórias do bom Deus
Inverno de baunilha
IV Encontro Luso-Brasileiro de Museus Casas
Da capo al fine
Nenhum nome onde morar
O mar que restou nos olhos
Grito em praça vazia
História, memória, instituições
Quase música
Tartamudo
O andarilho de Malabo
A tradição viva em cena
O médico e o barqueiro e outros contos
Estrada do Excelsior 

