Não há bem um rótulo, uma descrição ou um limite que possa descrever ou explicar a escrita de Tite de Lamare: em verso ou em prosa, em quebra ou em corte, ou num jorro de múltiplas ideias que se misturam num coquetel de novos sabores nunca imaginados, essa estreia poética revela uma autora já madura, que mistura línguas, lugares, vivências e influências para nos oferecer um mundo de possibilidades infinitas, com tanto a dizer que não cabe na boca. O poeta Carlito Azevedo a define como “uma pré-socrática numa mesa de montagem”, que traz a marca de uma criação muito particular: “Tite criou um universo próprio com sua poesia, e isso é um acontecimento raro. O que ela escreve não se parece com o que ninguém mais escreve”.


Eu, Jeremias
Da capo al fine
Quando formos doces
O tempo amansa / a gente
Nas frestas das fendas
Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
Poemas para morder a parede
"Santo forte" visto por
Outro (& outras)
O produtor como autor
Sodoma
Um vermelho não é um vermelho
O menor amor do mundo 

