A primeira chave está no título, ou no subtítulo. A “montagem incompleta” destes Outonos de Solange Rebuzzi reúne poemas primeiros, fragmentos e textos em prosa de seus livros anteriores em um novo arranjo, abrindo novos caminhos e possibilidades de leitura. A lógica matemática da cronologia aqui se mistura em outra [des]ordem (alfabética) aparente, já ligando a chave da língua – esta sim, da fala, da escrita, da linguagem, um possível fio condutor principal – à outra chave que ordena as estações no tempo da memória: às vezes as mais antigas lembranças são as mais vívidas, assim como cada livro é diferente a cada leitura e a cada leitor.


O tempo amansa / a gente
Corvos contra a noite
Poesia reunida
Terapia de regressão
Nas frestas das fendas
Governo Vargas: um projeto de nação
Pedaço de mim
Cartas trocadas
De todas as únicas maneiras
As artes do entusiasmo
Algum Lugar
O assassinato da rosa
Corpo em combate, cenas de uma vida
Quase música
Nenhum nome onde morar
O mar que restou nos olhos
Vera Ballroom
Pré-história
Diálogos possíveis
Migalhas metacríticas
A casa invisível
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Realismo, realismos
Carona é uma coisa muito íntima
Estrada do Excelsior 
