Com uma carreira consolidada no cenário literário norte-americano e canadense, o poeta Ricardo Sternberg estreia no Brasil com esta coletânea cuidadosamente organizada e traduzida por Maria Lúcia Milléo Martins.
Os poemas de Ricardo refletem uma pluralidade de experiências, com relatos que transitam por terras vividas ou visitadas, mesclando temas universais com a peculiaridade de sua vivência pessoal. Elementos da memória coletiva aparecem em retratos de personagens como a Ana-Louca ou o mascate, e em cenas que evocam o universo familiar, como em “Linha e Agulha” e “Primeira dança”.
Esta primeira edição brasileira convida o leitor a conhecer um poeta que une experiências transnacionais em versos que atravessam fronteiras. Sua obra é uma celebração da poesia como um espaço de encontro, entre o sagrado e o profano, entre o pessoal e o coletivo, e entre o exílio e o lar.
De uma alquimia única, a poesia de Ricardo é feita de linguagem clara, imagens surpreendentes e boa dose de humor e mistério. Tem o dom do encantamento que faz o leitor mergulhar nas histórias, ou até mesmo ver a si próprio dentro delas, como sombra em uma antiga tela de cinema.


O morse desse corpo
Grito em praça vazia
No limite da palavra
Antologia poética
Poesia reunida
A casa invisível
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Estrada do Excelsior
O mar que restou nos olhos
Numa nada dada situação
Pedaço de mim
Cadernos de alguma poesia
O menor amor do mundo
Vento, vigília
Pessoas em movimento 

