Quase todas sobrevivemos às mães apresenta as angústias e aflições de Cecília e daqueles que a orbitam: sua filha Eva, seu marido Caio e, sobretudo, Andrea, a empregada. O livro discute temas atuais como a pandemia ou perspectivas contemporâneas para assuntos universais, como a maternidade. Cecília e Andrea nos deixam ver suas contradições e idiossincrasias. Não são essencialmente boas ou más, nos confundem (ora a gente ama, ora a gente detesta), e carregam fortes traços de humanidade – um dos pontos mais fortes da narrativa.
Deborah Couto é uma autora com grande força para a construção de imagens e situações, e seu texto nos convida a algumas reflexões importantes, que ficam reverberando por muito tempo depois da leitura.
Marcela Dantés