Já se disse que poesia não é para ser entendida, mas para ser sentida. Parece-me, no entanto, mais apropriado pensar que poesia, como arte, é para ser fruída. A poesia se manifesta nos vãos e nos veios da linguagem densa, porque sintética e incisiva, mas também rarefeita, porque subjetiva e imprecisa. Na linguagem poética se processam as imagens de sonhos e desejos, de desafios e devaneios, de sustos e vertigens que o poeta professa. A leitura de um bom livro de poemas é uma colheita de surpresas. É assim que deve vir o leitor para o conjunto de poemas deste livro, com o espírito ávido de novos sabores de quem vai para um pomar de frutos exóticos ou desconhecidos.
Embora aparentemente convencional, tanto no sentido da estrutura poemática, quanto no que concerne ao conteúdo, a poesia de Margarida Patriota surpreende pela escolha e combinação cuidadosas do vocabulário e pela elaboração de uma linguagem de fino trato semântico, com inusitados efeitos poéticos. Os poemas deste Reverências de Corpo Ausente são extração da mais alta e lapidada lavra poética, e a autora inscreve seu nome entre os melhores poetas da atualidade no Brasil. [Wilson Pereira]


Alguma hora
Outro (& outras)
Cara de cavalo
Da capo al fine
Estrada do Excelsior
Estou viva
Algum Lugar
Bicho-bichos
Grito em praça vazia
"Seis dias de Ouricuri" visto por
O esporte na imprensa e a imprensa esportiva no Brasil
Motus perpetuo
O mar que restou nos olhos
A herdeira [Washington Square]
O menor amor do mundo
Vento, vigília
Antologia poética
Eu, Jeremias
Estão matando os humoristas
Corvos contra a noite
A casa invisível 

