Poema, prosa ou conto? Sapatos de culpa nasce de um texto central sobre a morte de uma relação e o nascimento e amadurecimento de outra. A breve história, escrita em prosa poética, é destroçada no livro e tem as suas partes espalhadas, servindo de enredo para poemas intercalados, que remetem a cada fase de um relacionamento. Sem personagens identificados, a história central e os poemas falam de crises conjugais, fugas, amantes, descobertas de novos amores, novas crises, arrependimentos e tudo o que as relações amorosas compreendem. Se em Trama, seu outro livro, Eric Pestre segue uma estrutura poética mais convencional e abrangente, explorando temáticas variadas – a memória, o inconsciente, a arte, a escrita, a relação com a infância e com os filhos –, aqui o autor deixa de ser personagem e passa a observador, oferecendo os sapatos de culpa para que o leitor possa calçá-los ou deles se livrar.


A bordo do Clementina e depois
Vigário Geral
A herdeira [Washington Square]
Realismo, realismos
Machado de Assis
O mar que restou nos olhos
Natureza humana 2
A casa invisível
O mais sutil é a queda
Sentidos do melodrama
A memória é uma boneca russa
Pirandello presente
Estrada do Excelsior
Corpo em combate, cenas de uma vida
Contos contidos
Nenhum nome onde morar
Numa nada dada situação
Ciclopes e medusas
Discurso e…
A duas mãos
O fim do Brasil 

