É com o mesmo talento e a mesma verve já presentes em 1971 em sua estreia com os 100 exemplares de Travessa Bertalha 11 – que ajudou a batizar e a forjar a chamada “Geração mimeógrafo” – que Charles marca presença novamente em 2011. Entre suas linhas habilmente aliteradas por sinuosas figuras de linguagem, e diante da explosão de sons e ruídos surgidos desde que uma nuvem cigana passou por aqui, podemos ouvir a voz viva do poeta nesta Sessentopéia: no verso da margem, oráculo de seu tempo.


Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Antologia poética
Vento, vigília
Poesia reunida
O morse desse corpo
Cadernos de alguma poesia
No limite da palavra
O tempo amansa / a gente
Corvos contra a noite
Poesia canadense contemporânea e multiculturalismo
História de vocês
Pulvis
O vento gira em torno de si
Nas frestas das fendas
Grito em praça vazia 

