Em Sopro, Cláudio Murilo Leal brinda os leitores com uma poesia refinada e sensível, que se volta, em cada verso, à elevação espiritual. Com uma índole profundamente lírica, estes poemas bebem na fonte dos místicos espanhóis unindo, com rigorosa acuidade, a disciplina verbal ao anseio pelo êxtase.
“SEM LEGENDA
No filme em preto e branco
o ator vai andando
em direção ao fim da estrada.
Encontrarás, afinal, o futuro?
Centenas de espectadores
não imaginam que destino
ele escolheu, solitário,
de costas para a platéia,
enquanto aos poucos,
a tela escurece,
congelados os movimentos,
o som quase inaudível.
The end.”


Poemas para morder a parede
O assassinato da rosa
Realismo, realismos
O tempo amansa / a gente
Caminhos do hispanismo
Anatomia de uma perda
Corvos contra a noite
Combatentes da paz
Diálogos possíveis
Raízes partidas
O mais sutil é a queda
Livro da rainha
Camilo Castelo Branco e Machado de Assis em diálogo
Quando formos doces
Ficção e travessias
Estrada do Excelsior 

