Os poemas de Sílvia Rubião não são ajuntamento de metáforas apenas. E as estrofes organicamente acrescentam alguma coisa e vão configurando um pensamento poético. Ela tem controle da pontuação, do espaço em branco, das estrofes. Por isto, o livro, em sua totalidade espreita com o seu silêncio verbal os estremecimentos surgidos do encontro com o outro.


Carona é uma coisa muito íntima
Cadernos de alguma poesia
A desordem das inscrições
Tartamudo
O assassinato da rosa
O tempo amansa / a gente
Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
O mar que restou nos olhos
Poemas para morder a parede 

