Em “Tempo comum”, Lucinda Persona explora a poesia secreta e silenciosa do cotidiano. Com um estilo conciso, a autora revela a força poética contida no mínimo, no detalhe. Seu olhar atento captura a poesia no tinir de louças, no instante antes do temporal, nos sapatos atirados ao lado da cama. No espelho, que desvela o trabalho do tempo sobre a pele.
Os versos de “Tempo Comum” agrupam-se em rimas suaves, vocabulários e construções simples, cotidianos como o cenário. Seus poemas se fixam no efêmero, extraindo a dimensão de transcendência no que é rotina, no trivial. E desvendam, a cada nova leitura, um olhar único sobre o real.