Em seu livro de estreia, Susana Mara Miranda Pacheco oferece ao leitor uma experiência poética rara nos dias de hoje: a aliança entre a precisão lírica e observação afiada. Seus versos resgatam uma tradição de lirismo que dialoga com o soneto clássico e as trovas populares, aqui ventilados com o frescor da contemporaneidade.
A autora constrói paisagens e emoções que vibram em uma cadência precisa, como em “A rua (ii)”: Na rua se circula como quiser: / a pé e devagar como um flâneur. Por vezes, a autora transcende a atenção exterior para habitar um espaço de introspecção, como em “Memória que leva e traz”, onde faz dos versos uma ponte entre o vivido e o sonhado.
Ao costurar temáticas diversas, como a celebração da natureza em “Balada da mata tropical” e a melancolia do tempo em “Fases da lua e da vida”, sua habilidade com a rima, ora discreta, ora marcante, evoca ecos de Vinícius de Moraes e Cecília Meireles. Mas sua voz poética é inconfundível em versos que não apenas encantam pela musicalidade, mas também pela simplicidade com que traduzem sentimentos universais.


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