O que o leitor encontrará aqui responde a uma gama ampla de temas, articulados pela ideia de que a crise ambiental é também a crise de modos de conhecimento, epistemologias e formas de práticas científicas. Não há como dissociar o modo como pensamos do modo como agimos, por isso narrar as agruras da ciência e da tecnologia é também narrar a maneira como natureza e sociedade se articulam, produzindo modos de existências, conscientes ou não, desejáveis ou não. Estamos em um momento limiar de um tipo de civilização que emerge conjuntamente a uma forma de produção de conhecimento particular – a ciência moderna –, e já nos parece óbvio que, sob esta articulação inextricável, a tecnologia potencializou ambas, promovendo o sublime e o grotesco na mesma proporção. É por estes meandros que os nove textos que compõem a obra caminham, articulando olhares empíricos e teóricos, nas tramas epistêmicas e ambientais da contemporaneidade.