Tens que começar numa palavra. Numa palavra qualquer se conta. Mas, no ponto-voraz, surgem fugazes as imagens. Também lhes chamo figuras. Não ligues excessivamente ao sentido. A maior parte das vezes, é impostura da língua.
Vou, finalmente, soletrar-te as imagens deste texto, antes que meus olhos se fatiguem. O milionésimo sentido da voz, “tiro o lápis da mão”, o gesto de partir a luz, o pensamento de uma criança, cópias da noite, passeio nocturno, “era um dia verde”, o afecto do negro, sob o lenço da noite.
O indizível é feito de mim mesma, Gabi, agarrada ao silêncio que elas representam.


Caminhos para conhecer Dona Flor no cinquentenário da narrativa de Jorge Amado
Numa nada dada situação
Vento, vigília
Pedaço de mim
O fim do Brasil
Dinossauro emancipado
Motus perpetuo
O mais sutil é a queda 

