A Arte da Língua de Angola, apresentada aqui em fac-símile, foi escrita no século XVII pelo jesuíta português Pedro Dias. Como indicam os registros fragmentados que compõem a sua biografia, o autor jamais teria posto os pés em terras angolanas e seu conhecimento do quimbundo provavelmente foi adquirido no Brasil no contato com missionários e escravos com os quais o autor conviveu. O interesse por essa língua africana – ainda hoje uma das línguas bantas mais faladas em Angola – era claro: o quimbundo era predominante em São Paulo de Assunção de Luanda, onde estava localizado o maior porto negreiro do Atlântico no século XVII. Tendo como foco a linguagem falada por escravos do Brasil colônia seiscentista, a Arte passou por diversas licenças (instâncias de autorização – ou censura) antes de ser publicada – sendo duas delas manifestações do poder religioso e uma terceira, do poder do rei. Além de descrever os mecanismos de formação de vocábulos e construção de frases de uma língua desconhecida, a gramática servia também como um dispositivo de controle político e cultural e uma ferramenta para ajudar na tarefa de colonização e evangelização dos povos. Para apresentar esta obra rara aos leitores contemporâneos, Maria Carlota Rosa debruçou-se sobre três exemplares da Arte da Língua de Angola (localizados no IEB da US P, na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro e na Biblioteca Nacional de Portugal, respectivamente). Após uma ampla e extensa pesquisa, numa edição elaborada, Maria Carlota Rosa esmiúça e analisa o texto dessa gramática – tornando possível o seu acesso a qualquer leitor interessado não só em linguística, mas na história da colonização portuguesa no Brasil e em Angola.
Uma língua africana no Brasil
colônia de seiscentos
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