Como se fossem as linhas pontilhadas que imaginamos no céu para ligar uma estrela a outra, Duda Las Casas escreve os poemas de Viseira como corpos celestes milenares, observados por seus antepassados e por ela, antepassada de si mesma. No decorrer do livro, o lado místico se apresenta na forma de oráculos e guias espirituais. À própria sorte, o leitor é conduzido entre quiromancias e borras de café, na busca de algum trevo de quatro folhas ou da certeza de que o sapato foi desvirado antes de sair de casa. Importante, leitor: Viseira é canceriano. E vermelho, cor de Iansã.


Pedaço de mim
O mar que restou nos olhos
O menor amor do mundo
Regra e exceção
Poemas para morder a parede
Estou viva
Da capo al fine
Corvos contra a noite
O tempo amansa / a gente
Fraquezas humanas
O assassinato da rosa
Nenhum nome onde morar
A desordem das inscrições
Numa nada dada situação
O fim do Brasil 

