A poesia de Ludmila Rodrigues tem uma potência rara, uma urgência de quem mergulha no abismo da escrita sem medo de ir ao fundo de cada sentimento ou lembrança. Segundo Daniela Uemura, “o cotidiano, inundado de presença e ruptura, dá forma, cheiro e cor às paisagens de Ludmila, que denuncia no calendário ou nas horas milimetricamente rememoradas menos o tempo cronológico dos fatos e mais as cicatrizes do corpo, no corpo. […] As experiências do desejo e da separação, entre um cigarro e outro, pairam feito névoa e percorrem os poemas como um negativo antigo de fotografias que não precisam ser reveladas, porque já anunciam, nas sombras, a dor ou a alegria dos encontros: ‘quando uma pessoa morre/ morrem com ela todos os livros/ que ela leu/ todas as músicas que/ ela ouviu/ e os ângulos especiais/ das pessoas que ela amou/ morrem suas impressões acerca do vazio/ e também aquela cena repetida/ que sempre vinha à cabeça/ na hora de dormir’. Aqui, Ludmila habita uma estrela, ainda que espere Andrômeda nos engolir, um pouco como salvação, um pouco como desespero.”
Pré-venda envios a partir do dia 26/5


"Pervivências" do arcaico
O assassinato da rosa
A clínica do ato
O mar que restou nos olhos
Linhagens performáticas na literatura brasileira contemporânea
A duas mãos
Saúde mental e memória
Cinzas do século XX
Inclusive, aliás
Corvos contra a noite
O fim do Brasil
Para pensar
Sophia: singular plural
Conhecimento escolar e ensino de sociologia
Além do visível
Camilo Castelo Branco e Machado de Assis em diálogo
A desordem das inscrições
A outra história
Beco da vida
Cara de cavalo 

