Este belo livro de Ana Paraná é marcado desde o princípio pelo tema do tempo, ou melhor, pelo tema dos vários tempos, o objetivo e o das subjetividades, fundamentalmente. Ana é clara ao visar à vida na morte, e vice-versa.
Do primeiro livro publicado em 2015 (Imprimatur): Banal, frágil, carnal, em que sua assinatura já se firmava como poeta: “Viver sangra”, aqui o que se constata é seu maior desembaraço, por sua vez, acompanhado por um riso introspectivo e discreto: “na luminescência da palavra”, no “veneno sabor cereja”…
No jogo da sua poesia, ela se inventa com a força do desejo e da dúvida, convidando seu leitor a se alinhar à sua sensibilidade aguçada, considerando aí tanto as palavras como as entrelinhas.
Magali Oliveira Fernandes


A casa invisível
Cadernos de alguma poesia
Vento, vigília
Grito em praça vazia
O morse desse corpo
Poesia reunida
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
O assassinato da rosa
Antologia poética
Nas frestas das fendas
Pessoas em movimento
História de vocês
Hakim, o geômetra e suas aventuras
Numa nada dada situação
A invenção do amor
Motus perpetuo
A voz da arquibancada
Estão matando os humoristas
Diálogos possíveis
Estrada do Excelsior
Tempo: O de dentro e o de fora
O lento aprendizado do rapaz que amava ondas e estrelas
A gymnastica no tempo do Império
Corvos contra a noite
História, memória, instituições
O menor amor do mundo
Burguesia e trabalho
Translinguismo e poéticas do contemporâneo
Eu, Jeremias
O tempo amansa / a gente
Esportes nos confins da civilização
Sentidos do melodrama
As amarras
A cidade inexistente
O vento gira em torno de si 

