O que constitui um autorretrato? – pergunta Raïssa. Como chamar de “eu mesmo” um objeto destacado de si próprio? Ao pensar e escrever sobre esta categoria de retrato, a autora vê surgirem imagens, conceitos e textos, que se misturam, ao mesmo tempo em que a figura no autorretrato toma forma.
É no tempo do traçado dessa imagem, no percurso incerto dessas linhas que se inscreve a escrita de Raïssa de Góes, onde ecoam Artaud, Nancy, Derrida, Deleuze, Freud. Diferentes linguagens, gêneros e discursos se fundem nesta narrativa que é ao mesmo tempo objeto de arte e ensaio – que costura imagem, crítica e ficção – desafiando, questionando e fascinando o leitor. Traço a traço, palavra a palavra, seu texto faz surgir uma face que se desvenda no próprio ato de desenhar, e renasce a cada olhar.


Todo mundo é louco?
Gênese, gesto
História de vocês
Outro (& outras)
A desordem das inscrições
Espiral: contos e vertigens
Cara de cavalo
Shazam!
O chamado da vida
Carona é uma coisa muito íntima
Ruínas ao sol
Todas as vozes cantam
Eurus
A praia dos tasabis
Canto na madrugada
Ironia contida
Silêncio musical
Aos que desolham as coisas
Caminhos do hispanismo
Vera Ballroom
Ciclopes e medusas
No domínio de Suã
Fausto tropical 

