O que fazer com o nó do que não se traduz (exceto pelo que está muito além do alcance das palavras)? Pouca gente sabe a resposta: é preciso inventá-la, e talvez para isso existam os poetas. São eles os verdadeiros cosmonautas, aqueles que exploram, descobrem e revelam novos mundos. Que trazem na ponta da língua (muitas línguas) o sabor do inesperado, que sabem ler (unir) os pontos de cada cena (um quintal, um exílio, uma luz de uísque) para formar a partitura de uma melodia inédita – a mesma que ecoa no canto de um pássaro estrangeiro ou no fundo da página de um livro (“como as pintas pelo seu corpo”), e que aqui se revela aos poucos, música sutil e silenciosa: pequena obra-prima para deleite dos olhos, ouvidos e corações de cada leitor.


A herdeira [Washington Square]
A casa invisível
Todo diálogo é possível
Algum Lugar
A desordem das inscrições
Ficção e travessias
Rita
Além do visível
Regra e exceção
A memória é uma boneca russa
Placenta: estudos
A outra história
A era do sono
Supertrampo
Translinguismo e poéticas do contemporâneo
A paixão mortal de Paulo
O navio da morte
Outro (& outras)
A gaia ciência de James Joyce
Grito em praça vazia
História de vocês
Bistrô de afetos
O assassinato da rosa 

