O que fazer com o nó do que não se traduz (exceto pelo que está muito além do alcance das palavras)? Pouca gente sabe a resposta: é preciso inventá-la, e talvez para isso existam os poetas. São eles os verdadeiros cosmonautas, aqueles que exploram, descobrem e revelam novos mundos. Que trazem na ponta da língua (muitas línguas) o sabor do inesperado, que sabem ler (unir) os pontos de cada cena (um quintal, um exílio, uma luz de uísque) para formar a partitura de uma melodia inédita – a mesma que ecoa no canto de um pássaro estrangeiro ou no fundo da página de um livro (“como as pintas pelo seu corpo”), e que aqui se revela aos poucos, música sutil e silenciosa: pequena obra-prima para deleite dos olhos, ouvidos e corações de cada leitor.


Cara de cavalo
Corvos contra a noite
Poemas para morder a parede
O mais sutil é a queda
Poesia canadense contemporânea e multiculturalismo
O chamado da vida
Sobrevoo
Fúrias
O assassinato da rosa 

