Conjugando seu trabalho de poeta e artista plástica, Leila Danziger apresenta em seu novo livro um diálogo entre palavra e imagem que abre espaço para vários sentidos. Entre a memória e a atualidade, os textos e fotos compõem uma espécie de suíte quase musical, e tratam com sensibilidade tanto dos acontecimentos recentes do país e do planeta quanto da própria (e íntima) experiência emocional de transitar no mundo de hoje, em meio ao medo, ao silêncio e ao isolamento. Partindo das cenas de um Rio de Janeiro vívido – vivido e imaginado, tanto passado como futuro e presente –, Cinelândia é uma dessas obras de múltiplas leituras, que a gente revisita muitas vezes para sempre descobrir nela alguma novidade, alguma epifania, como só as obras de arte são capazes de fazer.


Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
Os gigantes da montanha
Nenhum nome onde morar
A trincheira dos trabalhadores
Poemas para morder a parede 

