Combatentes da paz

Os estudos sobre o PCB no início da década de 1950 centram a atuação partidária nos princípios do Manifesto de Agosto, que propunha a revolução imediata com a formação de um exército revolucionário. No entanto, na mesma época, o PCB adotava em seu programa o desarmamento atômico e a luta pela paz mundial: nas Campanhas pela Paz, os militantes comunistas corriam de porta em porta, nas ruas e na praça pública, recolhendo assinaturas pela proibição das armas atômicas, contra a OTAN e reivindicando o desarmamento geral.
Jayme Fernandes Ribeiro percorre um verdadeiro labirinto de fontes e depoimentos, convidando o leitor a compreender as crenças, ideias e motivações dos comunistas nacionais que, mesmo sob o cerco e perseguição da polícia política, lutavam pela paz mundial e pelo desarmamento nuclear. Abordando um tema inédito e original, Combatentes da paz mostra que o duplo movimento ( pela guerra e pela paz) do PCB não era contraditório, e contribui para iluminar um relevante capítulo da História do partido comunista brasileiro – e do nosso país.