O que a antropologia tem a dizer sobre o comportamento dos eleitores e, de modo mais amplo, sobre o funcionamento da democracia? Esta é a pergunta e o desafio assumidos pelo antropólogo e professor do Museu Nacional (UFRJ), Marcio Goldman, a partir de uma pesquisa de quase sete anos de duração.
Levando adiante a tradição antropológica, firmada sobretudo na etnografia e no trabalho de campo, o autor procura pensar um problema “grande” – o funcionamento do sistema político moderno, a democracia – por meio de um recorte “pequeno”, no caso, o envolvimento político e os modos de pensar a política de um grupo de pessoas que vivem na cidade de Ilhéus (sul da Bahia) e integram um segmento do movimento negro, além de serem adeptos do candomblé.
O passo decisivo para uma análise como esta é levar a sério o que as pessoas têm a dizer, ainda que o seu discurso possa contrastar com os pressupostos da democracia representativa. A finalidade de uma tal abordagem é produzir uma “teoria etnográfica”, fazer com que as ideias do analista, e as nossas em geral, sejam afetadas pelas dos outros e, no caso, problematizar a democracia como ideal abstrato a partir da descrição de seu funcionamento efetivo, envolvendo pessoas e situações concretas.
[Livro em pré-venda – envio a partir de 20/12]


Entre Brasil e Portugal
O mais sutil é a queda
A terra e seus homens
Negras líricas- 2ª edição
Redes de luta
Teatro da espera
Chiclete
Desmontagens
Verdade e espetáculo
O gosto dos dias
Restos
Índio não fala só tupi - Primeira reimpressão 

