Quando um Poeta escreve não há como não escutá-lo. Sim, além do diálogo íntimo das palavras esteticamente versadas, a voz da sublimação humana prevalece quando tratamos de ouvir os anseios de sua linguagem. Imagine, então, se, em um único livro, 25 anos estão abertos à interpretação? É o que nos propõe o poeta Christovam de Chevalier. Ao ler o seu Da lida do tanto da vida, posso dizer que me deparei com profundas conversas com o autor.
Dono de uma poética precisa, que se apresenta sempre bem colocada, pensada, aproveitando todas as dimensões do poema, Christovam parece distribuir as cartas para um jogo de palavras, onde nos inquieta sobre a realidade e a fantasia do mundo. E, com muita sabedoria, utiliza os ritos atraentes da melodia, para compor cenários extremamente imagéticos. Chama-me à atenção os poemas menores, concisos, que trazem a medida certa dos sinceros pensamentos que, mesmo em poucas palavras, nos dizem tanto. É uma obra rica, muito bem organizada, simples (em suas notas mais singelas) e profunda (em reflexões). Três fases de uma vida, e o Poeta ainda grita ao absurdo!
Igor Calazans


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