Da romântica Jena à urbe paulistana, Delírios metapoéticos neodadaístas é um livro que nos transporta para inusitadas paisagens geográficas – e emocionais. Numa delicada operação de justaposição de elementos, estes poemas carregam traços de diferentes línguas, linguagens, mundos, em versos de dicção essencialmente contemporânea. Percorrendo caminhos aparentemente desconexos, os versos de Marcio Aquiles exploram e costuram sintaxes inesperadas. Passeiam por labirintos semânticos, despencam de edifícios ilusórios, caem na imaterialidade narcótica. Buscam, incessantemente, o Leitmotiv.
Num enjambement arriscado e preciso, Marcio Aquiles associa referências de Buñuel, Cortázar, Derrida, passando pelo romantismo alemão do século XIX, numa ousada experimentação técnica e estilística. Sua escrita cerebral une intertextualidade, erudição e sensibilidade em versos que capturam, com precisão, os paradoxos do nosso tempo.


Corvos contra a noite
A casa invisível
78
Quase música
Tartamudo
Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
Poesia reunida
Dinossauro emancipado
O tom da infância
Psicanálise entre línguas
Culturas e imaginários
Da capo al fine
Pedaço de mim
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Filosofia da Stoa
A memória é uma boneca russa
Grito em praça vazia
O fim do Brasil
Pré-história 
