Nestas páginas alguém escolhe estudar o sublime kantiano, alguém tenta colidir partículas na ruína do mundo, alguém imprime ilegalmente bíblias na China comunista, alguém escreve (dentro de um avião) sobre coisas que desistiram de ser, alguém apaga o fogo como quem estende a rede de um santuário de yerba santa antes do shabat, alguém usa uma capa de chuva delirante rosa e fala das neutralidades impossíveis, alguém escolhe os caminhos impossíveis, alguém empilha coisas impossíveis, alguém guarda moedas nos sapatos para subornar soldados nazistas na estrada, alguém (uma youtuber) entra em depressão, alguém quer encontrar no mundo um refúgio, um lugar que seja o fim da fuga. Isso não esgota o amplo repertório de temas desse livro, todo percorrido, por exemplo, pela saudade daquela dimensão existencial que só o encontro coletivo, a festa, a reunião presencial, o amor e a amizade, os laços de família, o carnaval proporcionam. Isso não dá conta da escrita de Maria Clara Parente, capaz de associações livres, quase surrealistas, que produzem um choque no leitor. As palavras de Carlito Azevedo são a melhor definição para este segundo livro da autora: “Mas afinal é disso que são feitos os livros que realmente valem a pena. Dessa matéria que está sempre escapando de nossas tentativas de defini-la”.
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