Jack Kerouak dizia que a beleza das coisas está no fato de um dia acabarem. Mesmo que às vezes não aceitemos, as coisas acabam e as belezas também. E outras vezes, muito raramente, a beleza continua, apesar do fim. Talvez este seja um desafio para Fernando, fazer a beleza durar apesar de chegar ao seu final, seja ele feliz ou não. A beleza durável em meio à vida que se encerra, ciclo que se fecha, desfecho da história é um possível mote para este livro que em seus anseios de completude entra em rotação ao redor de Fernando, registrando ou recordando, posto que começa pelo fim e termina pelo começo, tudo que orbita em torno do olhar do autor. E são muitas as coisas que giram ao redor desse olhar sensível às intempéries e calmarias, assombros e ternuras que nos convidam a ver belezas, por vezes indiscutíveis, nesses poemas.


Uma escola de luta
Pedaço de mim
Poesia reunida
Cadernos de alguma poesia
Além do visível
O morse desse corpo
Rui Barbosa: cronologia da vida e da obra
O mar que restou nos olhos
Chernoviz e outro romantismo
Nenhum nome onde morar
Desdobrar alíngua
Numa nada dada situação 

